domingo, 25 de outubro de 2009

Econômia de Anápolis

Economia
Anápolis é um Porto
Desde sempre Anápolis foi um porto seco. Agora, mais do que nunca.
No século XIX era entreposto de tropeiros que, com suas caravanas, cortavam o sertão trazendo manufaturados e mercadorias industrializadas, levando, em contrapartida, minérios, algodão, milho e boi "em pé".

De entreposto, Anápolis se transformou, em pouco tempo, numa região de logística comercial, que sustentou, a partir de então, a economia de uma das mais importantes partes do Brasil. Na década de 30 o município entrou, definitivamente, para esta proposta, ao receber os trilhos da Estrada de Ferro. Os negócios se multiplicaram, acompanhando assim, o crescimento da vila, que se tornou cidade. De quebra, Anápolis ajudou na construção de Goiânia (década de 40) e de Brasília (década de 60), respectivamente, fornecendo mão de obra e material básico.

Depois, Anápolis não parou mais. A seguir vieram os grandes projetos, como as empresas de beneficiamento e de transformação dos produtos agropecuários. Também surgiram as grandes indústrias com capital de outras regiões do País. O Governo Federal escolheu Anápolis para sediar a Base Aérea. Veio o Distrito Agro Industrial, DAIA. Com o DAIA, uma nova arrancada de progresso e, nessa arrancada, a feliz idéia de se criar uma Estação Aduaneira de Interior.

Nascia então, o Porto Seco Centro Oeste S/A, que dividiu a história do comércio importador e exportador do Brasil Central, nos mais diferentes níveis, em duas etapas: antes e depois de sua implantação.

Goiás tem hoje, o mais moderno Porto Seco do interior brasileiro, possibilitando desta forma, a distribuição e a redistribuição inteligente de bens e serviços, mercadorias e outros componentes da economia moderna. É uma nova realidade. Através do Porto Seco Centro Oeste surgiu uma nova fronteira econômica para o Brasil, permitindo ao município de Anápolis se inserir diretamente na economia global, tanto em níveis regional e nacional, como na escala internacional.

O Porto Seco é o núcleo central da entrada e saída de pequenas, médias e altas tonelagens que partem do Brasil Central em busca dos mercados mais variados possíveis, como permite o caminho inverso, recebendo de outras unidades da Federação e de outros pontos do mundo, os bens necessários para o crescimento do centro-oeste.

Vocação econômica
A existência de grandes fazendas de gado, de café e de arroz, não impediu que Anápolis, desde o início, seguisse sua vocação de centro comercial e industrial. Em menos de duas décadas depois de sua fundação, a cidade já se sustentava com um franco e ativo comércio, abastecendo os mercados de várias cidades de sua região de influência. A abertura de importantes rodovias, como a Belém Brasília na década de 60, deu a Anápolis um status maior ainda, pois além do comércio, foi possível sedimentar-se a indústria, influenciando diretamente no Norte do Estado e o País.

O primeiro grande filão foi, indiscutivelmente, o beneficiamento de cereais. Depois veio a indústria cerâmica, fornecendo tijolos, telhas e assemelhados para as construções de Goiânia e Brasília, além de cidades do então Médio Norte Goiano e de Estados como Maranhão, Pará, Mato Grosso e parte de Minas Gerais.

A tecnologia chegou logo, com a implantação de grandes empresas e, muito mais ainda, com o surgimento do Distrito Agro Industrial, DAIA. O comércio cresceu junto e Anápolis passou a ser o maior centro distribuidor atacadista de toda a sorte de mercadorias. É uma situação que prevalece até hoje.

Potência industrial
A industrialização foi outra vertente essencial para que Anápolis se tornasse a mais importante cidade do interior do Estado. O DAIA passou a receber grandes empreendimentos, abrigando milhares de trabalhadores em diferentes níveis de capacitação. Destacam-se segmentos fundamentais, como os de bebidas, envasamento de água, indústria farmacêutica, frigoríficos, confecções, laticínios, esmagamento e beneficiamento de soja e uma série de outros.

Completando esse ciclo, Anápolis passou a ser centro de logística, atraindo os grandes negócios importadores e exportadores de uma vasta região de Goiás. É aí que entra a história do Porto Seco Centro Oeste.

O Porto Seco é, indiscutivelmente, a âncora que faltava para dar a Goiás a legitimação de Estado produtor industrial e com qualificação para disputar os mercados nacional e internacional. Tanto é assim que ele é o embrião do mais ousado projeto de logística do interior brasileiro: a Plataforma Logística Multimodal, que não é nada mais, nada menos, que uma versão ampliada do Porto Seco.

O Porto
Através dessa sistemática é que se afirma, convictamente, que o Município de Anápolis já é o mais importante de todo o centro-oeste, na questão de logística. O tripé ferrovia-rodovia-aerovia é uma realidade que já começou a mudar a face econômica de Goiás. E vai mudar mais ainda. Numa visão simplista, pode se afirmar que qualquer pessoa ou empresa do centro-oeste, tem condições de comprar ou vender mercadorias e bens variados, no Brasil e no exterior, com todo o trabalho de desembaraço alfandegário sendo operacionalizado em Anápolis. Antes, esse trabalho era feito em regiões longínquas, o que onerava, em muito, as transações. O Porto Seco Centro Oeste veio para simplificar tudo isso.

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